Justiça Para Todos

Al Pacino,  numa critica ao sistema judiciário americano.

Voltando para casa com minha mulher, decidimos procurar um filme para assistirmos e encontramos Justiça Para Todos, um drama de Al Pacino ainda jovem sobre o sistema judiciário americano.

Arthur Kirkland (Al Pacino) é um advogado idealista que se incomoda com o funcionamento do sistema judiciário. Ele começa o filme preso por agredir o juiz Henry T. Fleming (John Forsythe), após ele não querer soltar seu cliente que era comprovadamente inocente pois as provas chegaram três dias após o prazo limite, levanto o coitado a estar preso a 18 meses sem ter culpa.

Após sair da prisão, vemos um pouco mais sobre a vida do personagem, sua relação com o seu avô Sam Kirkland (Lee Strasberg), que o criou após ser abandonado pelos pais e foi muito influente para Arthur se tornar advogado. A amizade que ele tem com o juiz Francis Rayford (Jack Warden), que tem fortes tendências suicidas. E temos também o relacionamento amoroso de Arthur com Gail Packer (Christine Lahti), uma advogada membro da comissão de ética que investiga a postura dos advogados.

Durante o filme o juiz Fleming é acusado de estuprar uma garota e pede para Arthur o defender, não por sua competência e sim pois a rivalidade entre os dois é altamente conhecida e se Arthur aceita defender seu desafeto é porque Fleming claramente seria inocente. 

O filme continua mostrando a relação de Arthur com os demais personagens e como o sistema vai frustrando a idéia de justiça do personagem. o desfecho dos casos defendidos por Arthur e a investigação da comissão de ética são partes muito boas do filme.

Justiça para Todos é uma drama sobre o sistema judiciário americano, que usa muito bem de momentos de comédia para reforçar suas críticas. A história do filme é a vida de um dos poucos advogados que busca fazer o certo e como ele se sente ao ver que o sistema judiciário não está buscando o que é o certo. Nisso temos advogados que não estão nem ai para seus clientes, apenas para a repercussão do caso e uma comissão que se preocupa com um advogado que se deprime após inocentar um assassino que volta a matar mas não liga que o futuro das pessoas esteja nas mãos de juizes suicidas e/ou tarados.

Al Pacino faz muito bem seu papel demonstrando bem a frustração de seu personagem a medida que o filme avança. John Forsythe também trabalhou muito bem no filme como o juiz Fleming. Jack Warden e Jeffrey Tambor servem no filme coma alivio cômico, reforçando a insanidade dos participantes do sistema judiciário.

O roteiro do filme é bem desenvolvido, trabalhando a relação dos personagens com os acontecimentos e com ótimos diálogos.

A todos que curtem filmes sobre tribunais e afins são gostar de Justiça para Todos, principalmente pois ele não se foca em apenas um caso e sim faz uma crítica ao sistema como um todo. 

Trailer:

Ficha:
Justiça Para Todos
Nome Original: ...And Justice for All
Diretor: Norman Jewison
Elenco: Al Pacino, Jack Warden, John Forsythe, Lee Strasberg, Jeffrey Tambor.
Idioma: Inglês
Estréia: 19/11/19790 (Não encontrei o lançamento no Brasil)
Prêmios: Indicado ao Oscar de Melhor Ator (Al Pacino), Melhor Roteiro Original.
Cena: O julgamento final.
Frase: " Acabaram de soltar presos devido a superlotação e eu que sou inocente continuo preso. Por que? "
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0078718/