quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Seven - Os Sete Crimes Capitais


Um assassino serial decide punir os pecados da sociedade e fica nas mãos de Brad Pitt e Morgan Freeman o capturar. A 15 anos nascia um dos melhores filmes policiais do cinema.


Hoje é o aniversario do meu filme favorito. A 15 atrás David Fincher se juntou a Brad Pitt e Morgan Freeman para filmar Seven - Os Sete Crimes Capitais, o melhor filme policial que já assisti. E como faço todos os anos, fui até a minha estante e peguei o DVD para assistir.

O filme conta a história da dupla de detetives William Somerset (Morgan Freeman) e David Mills (Brad Pitt). Somerset é o detetive veterano que está para se aposentar, pois não suporta mais viver naquela cidade. Enquanto Mills acabou de conseguir sua transferência vindo de uma cidade do interior.

Logo que Mills chega, acontece um crime e os dois detetives vão investigar. No local do crime eles encontram um homem morbidamente obeso morto aparentemente de tanto comer. Após investigações vemos que ele foi forçado a comer até a morte.

Somerset não tem interesse em pegar o caso, pois acredita que isso é apenas o inicio e ele não quer deixar o caso incompleto devido a sua aposentadoria. Mills na tentativa de mostrar logo serviço pede o caso, mas não tem o apoio de seu superior.

No dia seguinte um novo crime acontece, agora o principal advogado de defesa da cidade foi encontrado morto e ao lado de seu corpo é deixado a mensagem "Ganância". Assim Somerset consegue provar ao chefe seu ponto de vista, que se trata de um assassino serial, com o primeiro crime sendo o da Gula e agora o da Ganância. Ao ver novamente a negativa de Somerset em pegar o caso Mills fica a cargo da investigação.

O filme continua retratando a investigação, além de aprofundar a relação de Somerset e Mills e fazer uma brilhante discussão sobre a sociedade.

Como já disse anteriormente Seven é o meu filme favorito. Lembro de o ver pela primeira vez com uns 14 anos, já que foi na televisão e me apaixonar logo de cara, pois rapidamente fui atrás de uma cópia em VHS para rever e conseguir entender o final que não peguei logo na primeira. E assim já aviso que meu texto deve ficar bem parcial, então usem os comentários para tornar esse post mais imparcial possível.

A história contudora do filme é muito boa. Mostrar um serial killer que está usando os Sete Pecados Capitais para pregar e mostrar a decadência da sociedade que agradou bastante. E ainda tenho dúvidas se o foco do filme é a investigação e caça ao serial killer, ou se o foco é a discussão sobre a decadência que a sociedade que o filme faz.

O roteiro é muito bom, mesclando o trabalho dos detetives com suas vidas pessoais e está recheado de frases marcantes. Tem algumas cenas que tem diálogos fenomenais, o primeiro é a discussão entre Somerset e Tracy Mills (Gwyneth Paltrow), a mulher do detetive Mills. Onde ela conta que não gosta dessa nova cidade, que não se adaptou e que está grávida e nisso Somerset responde falando sobre seu passado, contando que no passado ele convenceu sua companheira a cometer um aborto pois não queria colocar uma criança no mundo. Vou colocar o áudio abaixo pois é perfeito o dialogo.


Outro dialogo importante é de Somerset conversando com Mills sobre o criminoso. Com Mills sempre falando que só um louco poderia estar fazendo essas coisas, enquanto Somerset fala que não. Esses crimes são produtos de pessoas com suas faculdades mentais perfeitas e não de malucos. Que a sociedade decaiu tanto que a violência se banalizou. Além desses marcantes temos o da biblioteca onde Somerset pergunta aos policiais porque eles não aproveitam a cultura que eles tem acesso, passando as noites apenas jogando poker, e um dos policiais vai e coloca Bach para tocar, e a trilha marca toda a pesquisa que Somerset veio fazer. A cena é perfeita.

A cena final do filme é brilhante gostei muito dela. Acho que o diretor foi perfeito em não mostrar o que tem dentro da caixa. E também em não terminar o crime da Ira.

Os personagens são muito bem trabalhados, deixando bem claro as diferenças entre os dois parceiros. Somerset está cansado e desiludido com seu trabalho, vendo que seu trabalho não esta melhorando a vida das pessoas. Anos se passaram com ele prendendo bandidos e a violência não diminui. Ele sente que está apenas catalogando dados sobre a violência, pois mesmo que pegue o culpado o crime já foi cometido. Enquanto Mills ainda vê com otimismo a caça aos bandidos, cada bandido preso é uma vitória é um a menos nas ruas.

E essas diferenças podemos ver na forma como os dois trabalham. Somerset tem um clima mais soturno nas cenas do crime, num respeito a vitima, enquanto Mills faz piadinhas no local. Vemos também a diferença dos dois durante os interrogatórios após o crime da luxuria, Mills faz perguntas tentando desmoralizar o dono da boate, tentando o colocar no papel de um doente, um pervertido. Enquanto Somerset apenas quer resolver o caso e busca saber o que aconteceu.

Além dos dois temos o criminoso. Que assim como Somerset está cansado da degradação que a sociedade vem sofrendo. Mas ao contrario do policial, que apenas está tentando fugir, o criminoso vem e quer esfregar na cara da sociedade as suas falhas. O dialogo dele com Mills falando sobre a inocência das vitimas é brilhante. Segue o áudio.


Tecnicamente o filme é muito bem feito. A direção de arte foi perfeita em criar um clima decadente na cidade, que em nenhum momento é nomeada sempre é tratada por "aqui". Você sempre espera que num dos becos vá encontrar um crime, um corpo e afins. Os cenários são sempre sujos, cheios de lixo e baratas. Além da chuva constante que deixo o clima mais tenso do filme. Combinou bem com a fotografia mais intimista.

A montagem foi muito boa, com destaque para duas cenas. Primeiro a cena de Somerset pesquisando na biblioteca, onde fica intercalando os textos dos livros e a face pensativa do policial, fechando perfeitamente com a música. E a do interrogatório que onde eles sempre que falavam no crime e colocava a foto da roupa e não da vitima deixando a sua imaginação criar a cena.
  
Brad Pitt, Morgan Freeman, Gwyneth Paltrow, Kevin Spacey foram bens em seus papeis. Gostei da atuação deles, mas Brad Pitt e Kevin Spacey no mesmo ano fizeram trabalhos melhores com Brad Pitt recebendo a indicação ao Oscar por Doze Macacos e Kevin Spacey ganhando por Os Suspeitos.

Finalizando, nem preciso falar que recomendo que vejam o filme. É um dos melhores filmes que já assisti e o que eu mais gosto de assistir, mesmo o sabendo praticamente de cor, sempre que passa na televisão eu sento para assistir não importa em que parte eu pegue.

PS: "O mundo é um lugar bom e vale a pena lutar por ele." Concordo com a 2ª parte.

Trailer:




Compras:


DVD Seven
DVD Seven Duplo


Ficha:
Seven - Os Sete Crimes Capitais

Nome Original: Se7en
Diretor: David Fincher
Elenco: Brad Pitt, Morgan Freeman, Gwyneth Paltrow, Kevin Spacey
Idioma: Inglês
Estréia: 22/09/1995  (Não encontrei o lançamento no Brasil)
Prêmios: Indicado ao Oscar de Montagem.
Cena: A conversa entre Somerset e Tracy Mills na lanchonete.
Frase: "Inocentes? Isso é alguma piada? (E segue o discurso de Jonh Doe). E só num mundo podre como esse poderíamos falar que essas pessoas são inocentes e não dar risada. "
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0114369/

1 comentários:

Profa Thaís disse...

Taí um filme q eu preciso rever

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