segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Nosferatu


A adaptação da novela Drácula de Bram Stoker, pelo cineasta alemão F. W. Murnau. 


Sou um fã convicto dos mitos vampíricos e não poderia deixar esse Especial Sexta Feira 13 sem nenhum filme sobre vampiros. Em meio a tantas opções preferi voltar as origens do mito e falar um pouco sobre Nosferatu um clássico do cinema alemão.

Hutter (Gustav von Wangenheim) e sua esposa Ellen (Greta Schröder) vivem na pacata cidade alemã de Wisborg. Em determinado momento Hutter é chamado por seu patrão Knock, dono de uma imobiliária. Knock fala que Conde Orlok (Max Schreck) está interessado em comprar uma casa em Wisborg e pede que Hutter vá a Transilvânia efetuar essa venda.

Durante a viagem Hutter se hospeda uma pequena hospedaria e durante a refeição ele cita o nome Orlok e os aldeões o alertam sobre os perigos que o aguarda. Inclusive é impedido de sair a noite pois lobisomens rondam a noite. No quarto ele encontra um livro sobre vampiros e debocha das crenças populares locais.

Na manhã seguinte Hutter continua sua viagem a Transilvânia. No meio do caminho o cocheiro que o levava se nega a continuar, falando que não entrara nas terras de Orlok não importa o dinheiro que Hutter ofereça. Sem outra opção, Hutter é obrigado a continuar o trajeto a pé. 


Enquanto Hutter caminhava um cocheiro misterioso (claramente Orlok fantasiado) aparece e o conduz até o castelo onde ele finalmente se encontra com o Conde.

Nosferatu é a polemica adaptação do diretor alemão F. W. Murnau da novela Drácula de Bram Stoker. E mesmo quase 80 anos depois ainda vale a pena ver o filme, principalmente por ele tem uma estética e montagem bem diferente da atual.

Assistir o filme da a sensação de estar vendo uma peça de teatro. A atuação dos atores é extremamente teatral, visto que como o filme é mudo e a câmera é praticamente estática para demonstrar qualquer emoção o ator tem que abusar de trejeitos. Gustav von Wangenheim, por exemplo ri de orelha a orelha e praticamente dança quando ele tem que demonstrar a alegria de Hutter. Além de apresentar a história através de atos, recurso muito comum nos filmes de Tarantino.
Max Schreck é extremamente bizarro fazendo Conde Orlok, que chegou a criar a lenda que ele era verdadeiramente um vampiro, história contada no filme Sombra do Vampiro. Gostei muito do encontro dele com Ellen no final do filme, sempre me incomodo vendo essa cena.

Um coisa que me incomodou no filme, foi a trilha sonora. Acho que ela é mais animada e acaba quebrando o clima. A exceção é o final do filme, onde ela reforça todo o horror que Orlok gera.

Se você gosta da época que vampiros eram monstros e está disposto a ver um filme diferente, aproveite que Nosferatu caiu no domínio público e pode ser visto na integra no Google Vídeos (aqui) ou então corra atrás do DVD que vale muito a pena. Para os que preferem ficar em opções atuais recomendo o coreano Sede de Sangue e o sueco Deixa Ela Entrar, duas boas opções para fugir dos novos vampiros.


Trailer:




Compras:


DVD  Nosferatu


Ficha:
Nosferatu

Nome Original: Nosferatu, eine Symphonie des Grauens
Diretor: F.W. Murnau
Elenco: Max Schreck, Gustav von Wangenheim, Greta Schröder.
Idioma: Mudo
Estréia: 01/03/1922 (Não encontrei o lançamento no Brasil)
Prêmios:
Cena: O encontro entre Orlok e Ellen.
Frase: " Da semente do Demônio, surgiu o vampiro Nosferatu, que vive e se alimenta de sangue humano. Ele vive em cavernas horríveis, túmulos e caixões. "
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0013442/

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