terça-feira, 29 de junho de 2010

Vicky Cristina Barcelona




Se o amor é tão louco, porque eu tenho que ser são?

Após mais uma vitória do Brasil na copa, procuro um bom filme para assistir e matar minha momentânea crise de abstinência cinematográfica. Olho a programação da televisão e nada, minha coleção de DVDs e novamente nada me chama a atenção, mas decidido que estava que ver algum filme hoje sentei na frente da televisão e assistiria qualquer filme que estivesse começando naquele momento. Por uma tremenda ironia do destino, quando fiz isso a programação do dia seguinte apareceu e lá estava na sessão da meia noite: Vicky Cristina Barcelona, filme do Woody Allen que a dias venho tentado assistir mas sempre pego já iniciado.

O filme se inicia com duas amigas americanas indo passar as ferias de verão em Barcelona. Vicky (Rebecca Hall) estudante de "identidade catalã", mulher prática e racional que busca conveniência no amor. É noiva de Doug um bem sucedido empresário, trazendo assim toda a segurança que Vicky busca num homem. Por outro lado Cristina (Scarlett Johansson) é a artista, emocional e que não sabe o quer da vida, apenas sabendo o que não quer.  

Numa exposição em Barcelona as amigas conhecem Juan Antonio (Javier Bardem), pintor espanhol que recentemente saiu de um conturbado e violento casamento com Maria Elena (Penélope Cruz). Juan convida as duas a irem com ele a Oviedo passar o final de semana, conhecer a cidade, provar bons vinho e porque não uma sessão da sexo a três. Cristina que desde o inicio se mostra interessada no artista aceita o convite e arrasta com sigo Vicky que não desejava deixar a amiga sozinha com Juan. 

Juan mostra Oviedo as amigas e após o jantar regado a muito vinho, refaz o convite perguntando se elas tinham interesse em se juntar a ele na cama. Vicky ofendida se retira para seu quarto. Cristina por outro lado decide se unir a Juan e vai para a cama com ele. Porém a jovem passa mal, impedindo qualquer intimidade entre os dois.

Diagnostica com um ataque de Ulcera, Cristina é obrigada a ficar de repouso durante o final de semana inteiro, assim Vicky e Juan saem por Oviedo sozinhos. Nesse tempo ele leva a moça para conhecer seu pai, um poeta que para se vingar do mundo não publica suas belas palavras e após falar sobre sua relação com Maria Elena consegue fazer com que Vicky mude sua opinião sobre ele. Tarde da noite, após muito vinho, Juan leva a Vicky para ouvir um músico tocando guitarra espanhola, algo que sempre a emociona, e os dois acabam fazendo amor.

Com a melhora de Cristina, os três retornam a Barcelona. Vicky se afunda na sua pesquisa na tentativa de esquecer o que ocorreu entre ela e Juan, e conseguir voltar para sua vida normal e para seu noivo Doug. Cristina por sua vez se mostra triste pelo vexame que deu ao passar mal e sente que Juan nunca mais ira a procurar. E isso é apenas o início da relação dos três e tudo só melhora quando Maria Elena aparece em cena.

Vicky Cristina Barcelona é um filme que me deixou confuso. Enquanto assistia o filme, ele não prendeu minha atenção. A montagem do filme, com muitas cenas curtas e com o narrador comentado tudo me deixava com a sensação que estava lendo aquele livros infantis com uma grande foto e algumas frases embaixo fazendo a ligação entre as fotos e contando a historia. A cena onde Juan e Vicky jantam em Oviedo e o narrador tem que falar que ela já bebeu de mais e afins é um pouco frustrante, poderia fazer a atriz falar enrolado algumas palavras e pronto já teria passado a mensagem não precisava do narrador explicando tudo. Porém a medida que o filme se desenrolava e o foco foi para Cristina e Maria Elena eu comecei a gostar mais do filme. Agora após terminar de assistir não consigo falar que seja um bom ou mal filme. Eu gostei da historia, dos personagens principalmente de Maria Elena e Cristina e achei a atuação das atrizes muito boa, já a montagem, o uso excessivo do narrador e Javier Bardem e seu personagem Juan não me agradaram. Minha opinião para esse post fica sendo que é uma boa historia mas que não soube ser bem contata.

As atrizes fizeram muito bem seus papeis, Rebecca Hall fez a Vicky de forma convincente com todas suas dúvidas sobre o que sentia por Juan e por Doug. Scarlett Johansson é outra que atuou muito bem, fazendo a artista Cristina. Mas Penélope Cruz foi perfeita fazendo a louca Maria Elena, as cenas onde ela revela que mexeu nas coisas de Cristina e onde fala sua opinião sobre o idioma chinês são muito engraçadas. Não sei se a atuação mereceu o Oscar, pois Amy Adans foi muito bem em A Dúvida nesse mesmo ano.

Tecnicamente tenho que citar a montagem do filme que não me agradou, como já disse anteriormente. A fotografia do filme é bom, abusando dos cartões postais de Barcelona. E gostei também da trilha sonora, "Barcelona" de Giulia y Los Tellarini ainda não saiu da minha mente.

Vicky Cristina Barcelona é um filme que merece ser visto, por mais que não seja um dos melhores trabalhos de Woody Allen, Match Point é bem melhor. Antes que eu me esqueça Scarlett Johansson e Penélope Cruz se beijam no filme...



Bônus Track:


Da trilha sonora a música Barcelona de Giulia y Los Tellarini:





Ficha:
Vicky Cristina Barcelona

Nome Original: Vicky Cristina Barcelona
Diretor:  Woody Allen
Elenco: Rebecca Hall, Scarlett Johansson, Javier Bardem, Penélope Cruz.
Idioma: Inglês e Espanhol
Estréia: 15/8/2008 (14/11/2008 no Brasil)
Prêmios: Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Penélope Cruz)
Cena: Cristina contando sobre sua vida a Vick e Doug
Frase: "A vida é curta "
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0497465/

1 comentários:

Profa Thaís disse...

As histórias dos filmes do Woody Allen sempre são interessantes porque saem do lugar comum. Vou procurar o filme pra assistir

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